Si vis pacem, para bellum*
Nunca essa expressão de Vegécio fez tanto sentido em meu cotidiano.
A busca da paz, ou a busca da busca, gera conflitos, batalhas, guerras.
E nem sempre conflitos, batalhas, guerras de sangue. Mas, particular, internos e internas, subjetivos e subjetivas.
A problemática são os “conceitos” de paz.
O que é a paz? Qual paz? Que paz? Paz?
Todos querem paz. Paz é o que há!
Mas o outro é o estorvo. Citando Tio Sartre: O inferno são os outros!
E, inferno e paz não batem, não é?! Enquanto o estorvo for o cara do lado...
Tenho feito predileções à favor da minha paz! (Repito: Minha paz!)
Muita gente fica descontente. Muita gente olha de “rabo-de-olho”. Muita gente ignora. Muita gente aponta. Muita gente julga. Juízes da vida alheia.
Quero muito paz. Mas quero paz à minha maneira. Minha paz.
E paz, pra mim, é tão simples, tão único, tão exclusivo.
Até deixa de ser paz. Se torna: pazes. No plural, indicando muito, diverso, múltiplo...
Um bom vinho traz paz. Um bom filme traz paz. Boa música traz paz. Um cangote cheiroso traz paz. Ócio traz paz. Um sorriso. Um olhar. Um carinho. Um e-mail. Boa companhia...
E o outro? O outro se incomoda com a minha paz! Acha que a paz dele é melhor que a minha. Pode ser. Pra ele. E só pra ele.
Enquanto isso vou seguindo, parafraseando Marcelo D2, “à procura da paz perfeita”.
E o outro? Deixo pra lá. Fico com a minha paz que, ironicamente, me traz paz.
E minha paz tem voz. Pois paz sem voz, não é paz, é medo!
Tendo voz: Escrevo. Publico. Compartilho. E não arredo.
Afinal, é a minha paz! E, enquanto for minha, zelo até o fim.
Rovan Berto
Medio tutissimus ibis.
* Se queres a paz, prepara-te para a guerra.
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